Cooperação global pode acabar com a fome no mundo, diz diretor do Programa Mundial de Alimentos

BRASÍLIA, 4 de agosto de 2024 (WAM) - Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos da ONU, acredita que, assim como o rápido desenvolvimento de uma vacina contra a COVID-19, o trabalho colaborativo pode gerar soluções para o combate à fome e à pobreza.

Um relatório de 2023 da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) revelou que mais de 750 milhões de pessoas em todo o mundo passam fome. Abordar essa questão e combater a fome e a pobreza globais são as principais prioridades da presidência do G20 no Brasil.

Daniel Balaban, que defende uma abordagem global unificada para acabar com a fome no mundo, disse à equipe editorial do G20 Brasil que: “Eu acredito firmemente que quando o mundo se une em torno de um objetivo comum, ele pode alcançar resultados notáveis. O desenvolvimento de uma vacina em um ano já foi considerado inviável, mas criamos com sucesso uma vacina eficaz contra a COVID-19 por meio de uma extraordinária colaboração global. Agora é hora de o mundo se unir na luta contra a fome por meio do avanço da sustentabilidade.”

Balaban afirmou também que, embora a produção de alimentos seja uma etapa necessária, ela não é suficiente. "O acesso também deve ser ampliado. Com mais de 750 milhões de pessoas em todo o mundo sofrendo de subnutrição, a necessidade da Aliança Global é urgente. Ao alinhar nossos esforços com as metas estabelecidas, podemos nos esforçar para chegar a 2030 sem que praticamente ninguém passe fome", acrescentou Balaban.

Sobre a cooperação com a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, Daniel Balaban disse que o Programa Mundial de Alimentos é a maior agência humanitária das Nações Unidas, fornecendo assistência alimentar diária a mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. “Essa Aliança Global se alinha perfeitamente com nosso objetivo principal: garantir maior acesso a alimentos e reduzir a fome global. Dedicamos muitos anos ao fornecimento de alimentos para pessoas em todo o mundo. Para atingir nosso objetivo, é necessária uma Aliança Global que reúna os países mais ricos do mundo, a ONU e outras organizações alinhadas,” pontuou.

Balaban ainda destacou que o Programa Mundial de Alimentos assinou um acordo com o Brasil para aumentar a segurança alimentar. "Essa iniciativa tem como objetivo comprar alimentos produzidos no Brasil para distribuição em países com alta demanda".