“A amnésia coletiva sobre a COVID-19 é preocupante”, diz OMS

COPENHAGUE, 9 de outubro de 2024 (WAM) -- A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira que a "amnésia coletiva" da humanidade sobre a gravidade da pandemia de COVID-19 "não deve nos impedir de proteger a nós mesmos e nossos entes queridos contra a disseminação contínua de doenças respiratórias".

De acordo com um comunicado de imprensa da ONU, coronavírus como a COVID-19, influenza e vírus sincicial respiratório (RSV) "devem ser levados a sério", pois são particularmente perigosos para grupos de risco, incluindo idosos, mulheres grávidas e pessoas que sofrem de doenças existentes ou crônicas, destacou a OMS Europa ao lançar uma campanha de proteção em toda a região.

"A amnésia coletiva sobre a COVID-19 se instalou e isso é preocupante", disse o diretor Regional da OMS para a Europa, Dr. Hans Kluge. "Indivíduos, comunidades e países compreensivelmente querem seguir em frente e deixar para trás o trauma dos anos de pandemia. No entanto, a COVID-19 ainda está muito presente, co-circulando com outros vírus respiratórios."

O representante da OMS observou que 53 países da Europa e Ásia Central ainda registram até 72.000 mortes por influenza sazonal, representando aproximadamente 20% da carga global. "A grande maioria dessas mortes pode ser evitada", ele disse, acrescentando que os mais vulneráveis "devem ser protegidos" por meio da imunização com vacinas, que comprovadamente previnem doenças e resultados graves.

Nos 28 dias até 22 de setembro, as autoridades de saúde na região europeia da OMS relataram pouco mais de 278.000 casos de COVID-19 e 748 mortes, desde Chipre até a Moldávia e da Irlanda até a Rússia. Esses números são mais altos do que em qualquer outra região da OMS e provavelmente são subestimados, afirmou a agência de saúde da ONU.

De acordo com dados da OMS, a COVID-19 matou mais de sete milhões de pessoas desde o início do surto no final de 2019, com a maioria das mortes relatadas nos Estados Unidos (1,2 milhão), Brasil (702.000), Índia (534.000) e Rússia (403.000).