NOVA YORK, 27 de outubro de 2024 (WAM) -- António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, expressou “choque” com os “níveis horríveis de mortes, ferimentos e destruição” no norte de Gaza.
Guterres afirmou que civis estão presos sob escombros, pacientes e feridos estão sendo privados de cuidados médicos que salvam vidas, e famílias estão sem comida ou abrigo, acrescentando que os relatórios das Nações Unidas confirmam separações familiares e várias detenções.
Em uma declaração oficial, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, destacou a “situação insuportável” dos civis palestinos no norte de Gaza, observando que, nas últimas semanas, centenas de pessoas foram mortas, enquanto mais de 60 mil foram forçadas a fugir, muitas temendo nunca mais voltar.
A declaração também destacou a recusa contínua de Israel em permitir a entrada de ajuda humanitária essencial, incluindo alimentos, água e abrigo, em Gaza, salvo exceções mínimas. Isso tem colocado inúmeras vidas em risco.
A campanha de vacinação contra a poliomielite também sofreu atrasos, colocando em risco milhares de crianças.
O secretário-geral da ONU alertou que a “devastação e a privação resultantes das operações militares de Israel no norte de Gaza – especialmente em torno de Jabalya, Beit Lahiya e Beit Hanoun – estão tornando as condições de vida insustentáveis para a população palestina no local”.
Guterres condenou o desrespeito às exigências do direito internacional humanitário nesse conflito, reiterando que todas as partes devem priorizar a proteção de civis, trabalhadores humanitários e socorristas, cujo trabalho essencial deve ser facilitado e protegido, e não impedido e prejudicado.
“Em nome da humanidade”, Guterres pediu, repetindo seus apelos por um cessar-fogo imediato, a libertação imediata e incondicional de todos os reféns e a responsabilização por crimes de acordo com o direito internacional.