ABU DHABI, 13 de janeiro de 2025 (WAM) – O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, destacou que o país, por meio da presidência da COP30, tem como objetivo estabelecer documentos decisivos e acordados entre todas as partes para acelerar a transição energética global.
Silveira afirmou que o Brasil espera receber o mundo na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC COP30), que será realizada em novembro deste ano, na Amazônia, considerada o grande polo global de sustentabilidade.
Em declarações à Agência de Notícias dos Emirados (WAM), durante a 15ª Assembleia da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), que começou neste domingo em Abu Dhabi e termina nesta segunda-feira, Silveira ressaltou que a COP30 representa uma oportunidade para aumentar a conscientização global e incentivar investimentos adequados, permitindo que todos os países cumpram seus compromissos internacionais.
O ministro brasileiro destacou que a posição estratégica do Brasil na agenda climática o torna apto a atrair investimentos de países do Sul Global. Silveira reforçou que a sustentabilidade só será alcançada por meio de investimentos, especialmente em países menos desenvolvidos, para que o mundo consiga atingir justiça social e implementar uma transição energética justa e inclusiva.
Sobre as reuniões da 15ª Assembleia Geral da IRENA, o brasileiro enfatizou que a participação do Brasil reflete o avanço significativo feito pelos países na transição global para energia renovável e limpa. Destacou também a importância de reunir as partes nesses eventos para acelerar a ação climática e alcançar metas globais justas.
Nesse contexto, o ministro brasileiro mencionou que, durante a Cúpula do G20, foram acordados dois documentos-chave. O primeiro documento trata do planejamento energético, buscando fortalecer a posição do Brasil na defesa da equidade para os países do Sul Global, reconhecendo a importância de combater a pobreza energética.
O segundo documento ressalta que a transição energética deve ser uma oportunidade para o crescimento econômico sustentável, indicando a necessidade de investimentos que gerem empregos e renda de maneira justa, inclusiva, equilibrada e respeitosa à soberania nacional. O texto também reforça a importância de reconhecer a diversidade energética que o Brasil e outros países possuem.