Comitê Ministerial Árabe-Islâmico pede fim imediato da agressão a Gaza

AMÃ, 1º de junho de 2025 (WAM) — O Comitê Ministerial da Cúpula Extraordinária Árabe-Islâmica reiterou seus esforços contínuos para pôr fim à agressão israelense contra Gaza, encerrar a catástrofe humanitária na Faixa e iniciar uma ação concreta para garantir ao povo palestino o direito a um Estado independente e soberano em seu território nacional — sendo a solução de dois Estados o único caminho para uma paz justa e abrangente.

O comitê também reafirmou seu total apoio à Autoridade Nacional Palestina e manifestou forte respaldo ao processo político que visa alcançar um fim imediato e definitivo da agressão israelense em Gaza, implementar a solução de dois Estados, fortalecer a Autoridade Palestina, acelerar os esforços de reconstrução e garantir o êxito da conferência internacional de paz prevista para ocorrer em Nova York ainda neste mês de junho.

No domingo (1º/6), o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, recebeu o chanceler da Arábia Saudita e presidente do Comitê Árabe-Islâmico para Gaza, príncipe Faisal bin Farhan, acompanhado dos demais membros: o ministro das Relações Exteriores do Bahrein, Abdullatif bin Rashid Alzayani, o chanceler do Egito, Badr Abdelatty, e o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit.

O comitê realizou uma reunião após videoconferência com o rei Abdullah, da Jordânia. A chamada, conduzida pelo príncipe Faisal, contou também com o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, seu vice Hussein Al-Sheikh e o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores, Mohammad Mustafa.

O encontro virtual foi convocado após Israel bloquear a visita do comitê a Ramallah — decisão que, segundo o grupo, reflete a arrogância de Israel e a violação do direito internacional e das obrigações legais de uma potência ocupante.

O comitê confirmou que intensificará os esforços para incentivar mais países a reconhecerem o Estado da Palestina e para garantir que a próxima conferência internacional de paz em Nova York — copresidida por Arábia Saudita e França — produza resultados concretos.

Safadi afirmou que o rei jordaniano destacou a importância do papel do comitê na mobilização de uma posição internacional eficaz para deter a guerra em Gaza, pôr fim à catástrofe humanitária sem precedentes e iniciar um movimento sério rumo ao estabelecimento de um Estado palestino soberano e independente — único caminho para uma paz justa, abrangente e duradoura. Ele ressaltou que garantir plenamente os direitos legítimos do povo palestino é a base para alcançar essa paz.

O comitê revisou os esforços diplomáticos em curso e os preparativos para a conferência internacional de alto nível sobre um acordo político, organizada por Arábia Saudita e França em Nova York ainda neste mês. Também discutiu a Conferência para a Reconstrução de Gaza, prevista para ocorrer no Cairo após um cessar-fogo, conforme plano aprovado na Cúpula Árabe Extraordinária realizada na capital egípcia em 4 de março de 2025.

O grupo pediu que Israel permita a entrada imediata e incondicional de ajuda humanitária e médica, que a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) possa cumprir suas funções e que cesse a escalada de violência na Cisjordânia — alertando para as consequências do agravamento da crise humanitária.

O comitê condenou com veemência a decisão das autoridades israelenses de impedir a visita programada a Ramallah, classificando-a como uma violação flagrante das normas diplomáticas e uma tentativa de dificultar os esforços pela paz abrangente e pelo apoio ao governo palestino.