ABU DHABI, 12 de junho de 2025 (WAM) — O Conselho Muçulmano de Anciãos, presidido pelo xeique Ahmed Al-Tayeb, grão-imã de Al-Azhar, afirmou que proteger as crianças e preservar a infância contra a exploração e o sofrimento é um dever religioso, moral e profundamente humanitário, que deve ser assumido por sociedades, instituições e indivíduos.
Por ocasião do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, celebrado anualmente em 12 de junho, o Conselho declarou que enfrentar a exploração e o trabalho forçado infantil é uma responsabilidade coletiva e exige esforços conjuntos para elaborar políticas eficazes, aprovar leis rigorosas, garantir proteção social e educação de qualidade, promover uma cultura de responsabilidade social em relação às crianças e intensificar iniciativas para combater a pobreza e a ignorância — causas fundamentais do trabalho infantil.
O Conselho elogiou programas e iniciativas de diversos Estados e instituições que fortalecem as famílias e promovem a educação, ajudando a reduzir esse grave problema e a criar um ambiente seguro para o desenvolvimento saudável de cada criança.
A nota também destacou que, no Islã, a criança é um ser digno, com direito ao cuidado, à educação, à proteção e ao crescimento em um ambiente seguro e acolhedor.
Além disso, o Conselho ressaltou o papel fundamental das instituições religiosas, educacionais e de comunicação na conscientização e na educação das comunidades para combater o problema, promovendo uma consciência coletiva que coloque a proteção infantil como prioridade — especialmente no contexto atual, marcado por guerras e conflitos que agravam o sofrimento de inúmeras crianças inocentes.
O Documento sobre a Fraternidade Humana, assinado em 2019, em Abu Dhabi, pelo grão-imã de Al-Azhar e pelo então papa Francisco, pontífice da Igreja Católica à época, afirma que os direitos fundamentais das crianças — como a criação em família, alimentação, educação e cuidados — constituem um dever moral e uma responsabilidade compartilhada por famílias e pela sociedade. Esses direitos devem ser protegidos e garantidos para todas as crianças, sem exceção.
O Conselho reiterou que qualquer prática que atente contra a dignidade das crianças ou viole seus direitos deve ser firmemente condenada, sendo necessário manter vigilância constante frente aos riscos e violações que elas enfrentam, sob qualquer forma.