AMÃ, 25 de junho de 2025 (WAM) — O vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, afirmou que proteger os interesses nacionais, a segurança e os cidadãos jordanianos continua sendo a principal prioridade do governo.
Em declaração divulgada pela agência oficial Petra, Safadi destacou que “a Jordânia não servirá como campo de batalha para nenhum conflito externo” e reiterou que a soberania do país “não é negociável”. “Já dissemos tanto a Israel quanto ao Irã: não violem nosso espaço aéreo”, afirmou.
Safadi pediu a interrupção imediata da guerra contra Gaza e o fim da catástrofe humanitária. Ele alertou contra as escaladas ilegais promovidas por Israel na Cisjordânia, que, segundo ele, podem desencadear uma explosão no território ocupado e inviabilizar qualquer perspectiva de paz justa e duradoura.
O chanceler reiterou a necessidade de um horizonte político real que conduza a uma solução de dois Estados, considerada por ele o único caminho viável para a paz. Ele também confirmou a coordenação em andamento com França e Arábia Saudita para a realização de uma conferência internacional voltada para essa solução.
Safadi apontou a Iniciativa de Paz Árabe como uma proposta viável para alcançar uma paz abrangente, que inclua o reconhecimento de um Estado palestino soberano.
Sobre a Síria, afirmou que “a estabilidade na Síria é essencial para a estabilidade da região” e manifestou apoio total à reconstrução do país, destacando que o povo sírio merece viver com dignidade e em paz, após anos de guerra.
Safadi classificou os laços entre Jordânia e Estados Unidos como “estratégicos e históricos”, ressaltando a forte cooperação bilateral nas áreas de combate ao terrorismo e apoio econômico.
Quanto ao Irã, o chanceler declarou que, embora a Jordânia apoie os esforços de redução de tensões na região, continuará tratando diretamente de preocupações como o contrabando de armas e drogas. “Queremos boas relações com todos os nossos vizinhos, inclusive com o Irã, mas essas relações devem se basear em respeito mútuo e não interferência”, concluiu.