NOVA YORK, 26 de junho de 2025 (WAM) — Embora cerca de 92% da população mundial já tenha acesso básico à eletricidade, mais de 666 milhões de pessoas ainda vivem sem esse serviço essencial, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (25/06) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e instituições parceiras.
Apesar da melhora no ritmo de acesso desde 2022, o relatório alerta que o progresso atual é insuficiente para atingir o objetivo de acesso universal até 2030, uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
O estudo também destaca disparidades regionais significativas. Segundo a estimativa, 1,5 bilhão de pessoas em áreas rurais ainda não têm acesso a soluções de cozimento limpas, e mais de 2 bilhões continuam dependendo de combustíveis poluentes e perigosos, como lenha e carvão vegetal, para cozinhar.
“Apesar dos avanços em algumas partes do mundo, a expansão do acesso à eletricidade e ao cozimento limpo continua decepcionantemente lenta, especialmente na África”, afirmou Fatih Birol, diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (IEA). Atualmente, 85% da população mundial sem eletricidade vivem na África Subsaariana.
A falta de financiamento suficiente e acessível foi apontada como um dos principais fatores para a desigualdade regional e o progresso lento. O relatório observa que, embora os fluxos de recursos públicos internacionais destinados à energia limpa em países em desenvolvimento tenham crescido desde 2022, o volume recebido por essas nações em 2023 foi significativamente menor do que em 2016.
O relatório defende o fortalecimento da cooperação internacional entre os setores público e privado para ampliar o apoio financeiro às nações em desenvolvimento, com atenção especial à África Subsaariana.