GENEBRA, 10 de outubro de 2024 (WAM) -- Um inquérito das Nações Unidas afirmou nesta quinta-feira que constatou que Israel conduziu uma política coordenada de destruição do sistema de saúde de Gaza durante a guerra em Gaza, ações que equivalem a crimes de guerra e ao crime contra a humanidade de extermínio.
Uma declaração da ex-Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, divulgada antes do relatório completo, acusou Israel de "ataques implacáveis e deliberados contra profissionais de saúde e instalações médicas".
"As crianças, em particular, têm sofrido mais com esses ataques, sofrendo tanto direta quanto indiretamente com o colapso do sistema de saúde", disse Pillay, cujo relatório será apresentado à Assembleia Geral da ONU em 30 de outubro, segundo a Reuters.
A declaração do inquérito da ONU também acusou as forças israelenses de matar e torturar deliberadamente profissionais de saúde, atacar veículos médicos e restringir permissões para que pacientes deixem a Faixa de Gaza sitiada.
A declaração afirmou que o tratamento de detidos palestinos em Israel e de reféns capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro foi investigado e acusou ambos os lados de envolvimento em tortura e violência sexual.
A Comissão de Inquérito tem um amplo mandato para coletar evidências e identificar os suspeitos de crimes internacionais cometidos em Israel e nos territórios palestinos ocupados. Suas conclusões são baseadas em uma variedade de fontes, incluindo entrevistas com vítimas e testemunhas, submissões e imagens de satélite.