GAZA, 28 de janeiro de 2025 (WAM) -- A remoção de explosivos não detonados espalhados entre as residências em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, pode levar anos, atrasando os esforços de reconstrução, segundo Pascale Coissard, coordenadora de emergência do Médicos Sem Fronteiras (MSF). Ela destacou que a cidade foi devastada pela guerra israelense.
Coissard ressaltou a importância de fornecer serviços de saúde, ajuda humanitária e reconstrução para restaurar a vida em Rafah. “Tudo em Rafah está destruído. Casas, lojas, ruas e instalações de saúde foram reduzidas a escombros, enquanto os sistemas de eletricidade e água também sofreram danos severos”, afirmou.
Em outra frente, fontes médicas em Gaza revelaram que mais de 95% do Complexo Médico Al-Shifa, a maior unidade de saúde da Faixa de Gaza, foi destruído devido à guerra israelense, que durou mais de 15 meses. As fontes informaram que o antigo prédio ambulatorial, que já estava abandonado antes da guerra devido à sua estrutura deteriorada, foi convertido em um departamento de emergência e recepção. No entanto, a escassez de medicamentos ultrapassa 60%, enquanto o déficit de suprimentos médicos chega a 80%.
As fontes acrescentaram que, desde o acordo de cessar-fogo, pequenas quantidades de medicamentos e suprimentos médicos entraram em Gaza pelos pontos de passagem de Erez (Beit Hanoun) e Zikim. No entanto, os estoques são insuficientes para atender às necessidades urgentes, especialmente diante do retorno de palestinos deslocados das regiões sul e central para Gaza e para os governatorados do norte.