Cúpula Árabe de Mídia debate responsabilidade de influenciadores e conteúdo com propósito

ABU DHABI, 28 de maio de 2025 (WAM) — O especialista cultural emiradense e apresentador do programa Duroob, Ali Al Saloom, convocou profissionais da mídia e criadores de conteúdo digital a refletirem sobre se estão movidos pela busca da fama ou pelo desejo de gerar uma influência significativa.

Durante uma sessão intitulada Impacto acima dos números: influenciar com um público pequeno, realizada na Cúpula Árabe de Mídia, ele incentivou os criadores de conteúdo a irem além da obsessão por números e a concentrarem-se no impacto real de suas mensagens.

Saloom, que já percorreu quase 180 destinos em seu programa Duroob, compartilhou experiências que moldaram sua visão sobre a criação ética de conteúdo. Ele destacou que o maior desafio enfrentado pelos criadores atualmente não é a inteligência artificial, mas a responsabilidade pessoal. “A inteligência artificial não é o problema. Ser responsável é”, afirmou com firmeza.

Em sua fala, Saloom delineou três princípios orientadores para os criadores de conteúdo da atualidade, conclamando-os a adotarem uma postura mais consciente e ética. Primeiro, desafiou-os a refletirem sobre suas verdadeiras motivações — diferenciando claramente fama de influência. “Pergunte a si mesmo por que está atrás de números. É para ser visto ou para causar um impacto real?”, provocou.

Em segundo lugar, ressaltou a crescente responsabilidade que acompanha uma audiência ampla, lembrando que a influência deve ser exercida com cautela e integridade. Por fim, apelou para a manutenção de padrões éticos em todas as etapas da criação de conteúdo, chamando atenção para o respeito à dignidade alheia — inclusive em momentos aparentemente triviais como tirar uma foto ou gravar um vídeo.

Al Saloom concluiu incentivando os criadores a se comunicarem para criar conexões, e não apenas para acumular seguidores. “Se você tem uma mensagem e pode agregar valor, é isso que importa. Seguidores são secundários. Muitos dos maiores estudiosos do mundo têm poucos seguidores, mas sua influência é imensa.”