ABU DHABI, 2 de junho de 2025 (WAM) – O governo do Brasil e a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês) vão coorganizar a 1ª Cúpula de Planejamento Energético nos dias 3 e 4 de junho de 2025, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.
O evento marcará o lançamento oficial da Coalizão Global para o Planejamento Energético (GCEP), iniciativa de destaque originada da presidência brasileira do G20 em 2024, com o objetivo de reduzir o déficit de investimentos na transição energética limpa por meio de um planejamento mais eficiente.
A cúpula e a coalizão devem contribuir para a mobilização de compromissos em preparação para a COP30, que será realizada no Brasil, além de outros marcos globais relevantes.
O diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera, afirmou: “Embora existam amplas oportunidades de investimento em mercados emergentes e economias em desenvolvimento, a percepção de risco ainda é um obstáculo relevante, especialmente para o setor privado. O Brasil demonstrou como o planejamento energético de longo prazo, com estratégias voltadas para investimentos, pode ajudar a mitigar esses riscos, atrair capital privado, ampliar as fontes renováveis e fortalecer cadeias produtivas locais”.
La Camera acrescentou que, como secretaria da GCEP, a IRENA vai mobilizar sua quase universal rede de membros e amplo acervo de boas práticas em planejamento e modelagem de energias renováveis para apoiar os países – especialmente do Sul Global – no desenvolvimento de estratégias alinhadas a metas nacionais de desenvolvimento e de clima.
O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, destacou: “Promover uma transição energética justa e eficaz exige o reconhecimento do protagonismo dos países em desenvolvimento. Ao impulsionar a Coalizão Global para o Planejamento Energético, o Brasil reafirma seu compromisso com o diálogo multilateral e com o fortalecimento de instrumentos que conectem planejamento estratégico, políticas públicas e mecanismos de financiamento em prol de um futuro energético mais inclusivo e sustentável.”
A cúpula reunirá autoridades de alto nível dos ministérios de planejamento energético e de finanças em um diálogo estruturado para estabelecer uma nova plataforma global de cooperação. Entre os resultados esperados estão o consenso sobre frentes prioritárias de trabalho, um roteiro de coordenação temática e o mapeamento inicial de parceiros dispostos a colaborar.
Ao demonstrar como um planejamento robusto pode reduzir riscos e destravar investimentos, o encontro pretende reforçar o compromisso político com o uso do planejamento energético como ferramenta estratégica para orientar as políticas de desenvolvimento nacionais e internacionais.
Os membros fundadores e parceiros deverão assinar durante a cúpula uma Carta de Princípios que definirá a visão comum e as prioridades da coalizão.