Sharjah apresenta sua visão cultural na Bienal do Livro do Rio 2025

SHARJAH, 20 de junho de 2025 (WAM) – Sob a orientação da xeica Bodour bint Sultan Al Qasimi, presidente da Autoridade do Livro de Sharjah (SBA, na sigla em inglês), o emirado de Sharjah está apresentando sua rica visão cultural na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro 2025, no Brasil, destacando a vitalidade da literatura contemporânea emiradense e árabe.

A SBA também exibe uma seleção de obras dos Emirados traduzidas para o português, refletindo o compromisso do emirado em compartilhar os feitos culturais dos Emirados Árabes Unidos com o mundo.

A participação da autoridade no maior evento do gênero na América Latina, que segue até 22 de junho, integra as celebrações do Brasil como Capital Mundial do Livro, após a escolha do Rio de Janeiro para o título em 2025. Essa distinção prestigiosa — que Sharjah conquistou em 2019 — reconhece a projeção global do emirado no apoio à cultura e à indústria editorial.

No estande de Sharjah, a SBA apresenta a diversidade do movimento cultural dos Emirados e do mundo árabe, destacando conquistas nos campos do conhecimento, da literatura e da edição de livros. A autoridade participa ativamente de debates, promove reuniões com editoras, tradutores e instituições culturais para fortalecer o intercâmbio de conhecimento e ampliar as oportunidades de tradução entre o árabe e outras línguas.

Como parte de sua missão de construir parcerias duradouras, a SBA convidou profissionais do setor editorial a participarem das principais iniciativas internacionais do emirado, como a Feira Internacional do Livro de Sharjah, o Festival de Leitura Infantil de Sharjah, a Conferência de Editores de Sharjah, a Conferência Internacional de Bibliotecas e outros eventos globais realizados ao longo do ano.

Ahmed bin Rakkad Al Ameri, CEO da SBA, afirmou que a presença de Sharjah na Bienal do Livro do Rio reflete a visão do xeique doutor Sultan bin Mohammed Al Qasimi, membro do Conselho Supremo e governante de Sharjah, que coloca a cultura no centro das estratégias de desenvolvimento e vê o livro como uma ponte para o diálogo com o mundo.

“A presença de Sharjah no Rio evidencia o papel central da cultura emiradense e árabe no mapa global do conhecimento. Hoje, não estamos apenas compartilhando nossa identidade emiradense, mas também promovendo um diálogo vibrante entre a América Latina — com sua rica herança intelectual e cultural — e o mundo árabe, em todas as suas expressões de pensamento, literatura, arte e criatividade. A escolha do Rio como Capital Mundial do Livro em 2025 nos oferece a oportunidade de renovar e fortalecer nossas parcerias com a comunidade cultural latino-americana”, disse Al Ameri.

O CEO da SBA acrescentou que “sob a liderança da xeica Bodour bint Sultan Al Qasimi, estamos comprometidos em apoiar editoras e autores emiradenses e árabes para que alcancem novos mercados e em desenvolver sistemas sustentáveis que ampliem sua presença na cena editorial global”.

Como parte da programação cultural da Bienal, a SBA promoveu o painel “O legado da literatura árabe e o novo movimento literário liderado por Sharjah”, que explorou a evolução do cenário literário dos Emirados e o papel do emirado no fomento a escritores e iniciativas culturais.

A sessão contou com autores emiradenses cujas obras foram traduzidas para o português, incluindo Abdul Hamid Ahmad (À beira do dia), Lulwah Al Mansouri (Saímos da costela da montanha) e Nasser Al Dhaheri (Vestindo sal e suas palmas são cinzas).

Nos bastidores do evento, a SBA também organizou uma sessão especial de autógrafos para os livros traduzidos, reafirmando seu compromisso com o intercâmbio cultural e a projeção internacional da literatura emiradense.

Durante sua participação, a SBA destacou suas principais iniciativas editoriais e de promoção do conhecimento, como a Feira Internacional do Livro de Sharjah, o Festival de Leitura Infantil de Sharjah e a Zona Franca da Cidade Editorial de Sharjah. A autoridade também apresentou o Fundo de Sustentabilidade Editorial de Sharjah (Onshur), criado para apoiar mercados emergentes do setor, e a Agência Literária de Sharjah, voltada à proteção dos direitos de autores e editoras árabes e à expansão de sua atuação internacional.

A SBA também ressaltou o papel das Bibliotecas Públicas de Sharjah — uma das instituições culturais mais antigas da região — que há mais de um século promovem o acesso ao conhecimento. Editoras internacionais receberam informações sobre as conferências especializadas sediadas anualmente no emirado, incluindo a Conferência de Editores, a Conferência Internacional de Bibliotecas, a Conferência de Livreiros e a Conferência de Animação de Sharjah.

O estande de Sharjah também acolheu a iniciativa PublisHer, plataforma global fundada pela xeica Bodour Al Qasimi para promover a atuação de mulheres no setor editorial e criar oportunidades significativas de conexão, colaboração e troca de experiências entre editoras. O espaço ainda apresentou uma seleção especial de títulos da Al Qasimi Publications e obras do Departamento de Cultura, que expressam a riqueza e profundidade do panorama cultural de Sharjah.

Criada em 1983, a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro é o maior festival literário do Brasil. Organizada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), em parceria com grandes editoras, a feira recebe centenas de autores e atrai mais de 600 mil visitantes por edição, funcionando como importante plataforma de intercâmbio cultural e compartilhamento de ideias.