Reações mistas aos ataques dos EUA contra instalações nucleares iranianas

CAPITAIS, 22 de junho de 2025 (WAM) — As reações globais aos ataques aéreos dos Estados Unidos contra três instalações nucleares iranianas foram diversas, variando entre elogios de Israel e apelos generalizados da comunidade internacional por uma redução das tensões.

As Nações Unidas e vários países pediram moderação, enquanto o Irã e outros governos condenaram os ataques.

Em Londres, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer pediu que o Irã retorne à mesa de negociações para resolver a crise nuclear por meio da diplomacia. Starmer afirmou: “O Irã não pode ser autorizado a desenvolver uma arma nuclear. Os Estados Unidos tomaram medidas para reduzir essa ameaça. A estabilidade regional continua sendo uma prioridade.”

A Arábia Saudita expressou profunda preocupação com os ataques dos EUA e apelou por uma solução política para a crise. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores saudita afirmou que o Reino acompanha com preocupação os acontecimentos na República Islâmica do Irã, particularmente o bombardeio a instalações nucleares por parte dos Estados Unidos. O país reiterou sua condenação à violação da soberania iraniana e pediu contenção, redução das tensões e esforços internacionais mais intensos para alcançar uma solução política duradoura que assegure a paz e a estabilidade regionais.

O Iraque condenou fortemente os ataques, alertando que uma escalada adicional representa uma grave ameaça à paz e à segurança regionais.

Em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu elogiou o que classificou como uma decisão corajosa do presidente dos EUA, Donald Trump, ao atacar instalações nucleares iranianas, afirmando que a história registraria as ações de Trump como as de um líder que agiu para impedir que o regime mais perigoso do mundo adquirisse as armas mais perigosas.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, declarou que os Estados Unidos, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, cometeram uma grave violação da Carta da ONU, do direito internacional e do Tratado de Não Proliferação ao atacar instalações nucleares iranianas pacíficas. Ele advertiu sobre consequências severas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou profunda preocupação com o uso da força pelos EUA contra o Irã, classificando a escalada como perigosa e uma ameaça direta à paz e segurança internacionais. Ele ressaltou que a região já se encontrava em situação delicada e alertou que o conflito pode sair do controle, com consequências graves para civis, para a região e para o mundo. Guterres reiterou que a diplomacia continua sendo o único caminho viável.

Na Nova Zelândia, o chanceler Winston Peters afirmou que seu governo estava ciente dos acontecimentos recentes, incluindo o anúncio de Trump sobre os ataques, e manifestou séria preocupação com a atividade militar no Oriente Médio. Destacou que “a diplomacia proporcionará uma solução mais duradoura do que novas ações militares”.

Um porta-voz do governo australiano declarou que os programas nuclear e de mísseis balísticos do Irã representam ameaças à paz e segurança internacionais. Ele observou a situação de segurança volátil da região e reiterou o apelo da Austrália por calma, diálogo e diplomacia.

A chancelaria do México defendeu o diálogo diplomático como meio para alcançar a paz entre as partes e reiterou os apelos por redução de tensões e promoção da convivência pacífica entre os países da região.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, condenou os ataques militares dos EUA contra instalações nucleares iranianas e pediu a cessação imediata das hostilidades.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, também condenou veementemente os bombardeios dos EUA, classificando-os como uma perigosa escalada do conflito no Oriente Médio e uma grave violação da Carta da ONU e do direito internacional.