SHARJAH, 24 de junho de 2025 (WAM) — A Fundação de Arte de Sharjah anunciou que Angela Harutyunyan e Paula Nascimento foram nomeadas curadoras da 17ª edição da Bienal de Sharjah, prevista para janeiro de 2027.
Angela Harutyunyan é professora de Arte Contemporânea e Teoria na Universidade das Artes de Berlim. Paula Nascimento é curadora independente e arquiteta, com base em Luanda, Angola.
Segundo Hoor Al Qasimi, presidente e diretora da Fundação de Arte de Sharjah, desde 2003 a Bienal tem funcionado como uma plataforma de experimentação criativa, colaboração e impacto social. “Enraizados em nosso contexto local, criamos um espaço de intercâmbio regional e internacional significativo, conectando culturas e histórias compartilhadas”, afirmou.
Hoor destacou que as curadoras trazem visões distintas, moldadas por suas trajetórias e práticas individuais. “A 17ª Bienal de Sharjah será um espaço de engajamento crítico e reflexão coletiva, onde as visões curatoriais de Angela Harutyunyan e Paula Nascimento poderão dialogar e explorar conjuntamente novas realidades contemporâneas.”
Trabalhando em estreita colaboração, as curadoras pretendem construir a Bienal como um território de reflexão crítica e experimentação expositiva, explorando realidades contemporâneas alternativas e o potencial imaginativo da arte, por meio de uma variedade de projetos apresentados em diferentes espaços de Sharjah.
Angela Harutyunyan afirmou estar particularmente interessada nas “possibilidades e limitações da forma bienal em tornar visíveis os ritmos temporais desiguais que pulsam sob a contemporaneidade”. Segundo ela, a intenção é examinar como as obras de arte figuram e encapsulam os resquícios ainda vivos de projetos emancipatórios da modernidade não capitalista.
Para Paula Nascimento, as bienais são espaços fundamentais para experimentar formas e modelos de exibição, além de pontos de encontro entre comunidades, com potencial de transformação social e física. “Me interessa pensar com os artistas e nas articulações entre a criação artística e a infraestrutura de forma expandida, além de explorar a capacidade da arte de imaginar e propor novos espaços, mundos e formas de relação”, afirmou.