Sharjah inaugura primeira usina solar

SHARJAH, 25 de junho de 2025 (WAM) – O xeique Sultan bin Ahmed bin Sultan Al Qasimi, vice-governante de Sharjah, presidente do Departamento de Petróleo do emirado e da Sharjah National Oil Corporation (SNOC, na sigla em inglês), participou da inauguração da primeira usina solar de Sharjah, batizada de “SANA”. O complexo ocupa uma área de 850 mil metros quadrados e está localizado ao lado da planta de gás de Sajaa, com capacidade de geração de 60 megawatts.

O projeto, apoiado pela SNOC, é fruto de uma parceria entre a Autoridade de Eletricidade, Água e Gás de Sharjah (SEWA) e a Emerge — joint venture entre a Masdar, empresa do governo de Abu Dhabi voltada para energias renováveis, e o grupo francês EDF. Coube à Emerge a responsabilidade pela operação da usina.

O vice-governante afirmou que o lançamento da usina marca um passo importante na transição energética de Sharjah. Segundo ele, a iniciativa está alinhada aos objetivos do Conselho de Energia do emirado, que trabalha no planejamento de longo prazo para os setores de energia e água.

Sultan bin Ahmed destacou ainda o compromisso do emirado com a preservação ambiental e a aposta em fontes limpas e renováveis. Disse que o projeto é um exemplo de como a colaboração e a inovação podem impulsionar um futuro mais sustentável.

A cerimônia de inauguração começou com o hino nacional dos Emirados Árabes Unidos. Em seguida, o engenheiro Khamis Al Mazrouei, diretor-presidente da SNOC, falou sobre a nova estação batizada de “SANA”, que significa “luz brilhante”. Ele disse que o projeto nasceu da iniciativa de engenheiros da corporação há oito anos, com a proposta de criar soluções em energia renovável no emirado.

Al Mazrouei ressaltou que a transição energética deixou de ser uma opção e passou a ser uma necessidade diante das rápidas transformações do setor. Segundo ele, a SNOC está comprometida em incorporar a sustentabilidade como eixo central de sua estratégia.

Ele também lembrou que o primeiro passo rumo à energia solar em Sharjah foi dado em 2018, com a instalação de uma usina-piloto no terminal de GNL de Hamriyah, com capacidade de 300 quilowatts. O objetivo era abastecer as operações locais com energia limpa, experiência que abriu caminho para a construção do novo complexo solar de Sajaa. Ele ressaltou que o projeto SANA vai além da geração de energia: trata-se também de um investimento no talento da força de trabalho nacional. Muitos dos profissionais envolvidos na iniciativa são cidadãos emiradenses formados por universidades locais.

Al Mazrouei destacou que a iniciativa está alinhada aos objetivos da corporação de ser uma fornecedora de energia confiável, com foco na neutralidade de carbono, na diversificação das fontes energéticas e na adoção de práticas seguras e sustentáveis. O objetivo final é gerar benefícios duradouros para o emirado de Sharjah, sua população e a comunidade em geral.

O executivo da SNOC elogiou a conquista, que, segundo ele, só foi possível graças ao apoio generoso do xeique Dr. Sultan bin Mohammed Al Qasimi, membro do Conselho Supremo e governante de Sharjah; às diretrizes do xeique Sultan bin Mohammed Al Qasimi, príncipe herdeiro, vice-governante e presidente do Conselho de Energia; à liderança e ao acompanhamento do xeique Sultan bin Ahmed bin Sultan Al Qasimi, vice-governante, presidente do Departamento de Petróleo e da SNOC; e ao xeique Mohammed bin Ahmed Al Qasimi, vice-presidente da SNOC.

Al Mazrouei concluiu agradecendo a todos os que contribuíram para o sucesso do projeto, reconhecendo o empenho de pessoas e instituições. Destacou a importância do trabalho em equipe e da colaboração estratégica como elementos-chave da realização e disse acreditar que o que foi alcançado até agora é apenas o começo de metas ainda maiores que poderão ser conquistadas no futuro.

Abdulaziz Al Obaidli, presidente da Emerge, discursou durante a cerimônia de inauguração da usina solar SANA, expressando sua satisfação com o projeto. Ele afirmou que a iniciativa representa uma conquista significativa não apenas para o emirado de Sharjah, mas também para os Emirados Árabes Unidos e toda a região. Al Obaidli agradeceu a todos os envolvidos na concretização do projeto, incluindo as equipes de trabalho, engenheiros, técnicos e consultores, além de destacar o apoio substancial da Masdar e da EDF.

Al Obaidli explicou que o projeto SANA é mais do que uma iniciativa de energia limpa: simboliza o compromisso da liderança com soluções de energia renovável e reflete o esforço coletivo por um futuro mais sustentável. Ele ressaltou que a usina reforça a segurança energética de Sharjah ao produzir energia limpa e desempenha um papel crucial no combate às mudanças climáticas, ao reduzir emissões de dióxido de carbono — impacto positivo tanto para o meio ambiente quanto para a economia local e nacional.

O presidente da Emerge reiterou o compromisso da empresa com a oferta de soluções inovadoras e eficazes em energia renovável, que auxiliam seus parceiros a atingir metas ambientais e econômicas. Destacou ainda que a empresa não apenas entregou o projeto, mas também ficará responsável pela operação e manutenção da usina pelos próximos 25 anos — o que demonstra confiança no potencial da região e a solidez das parcerias estabelecidas com entidades que confiam na Emerge para fornecer energia sustentável e confiável.

Concluindo sua fala, Al Obaidli afirmou: “O sucesso do projeto SANA mostra o que pode ser alcançado quando visões se alinham e há esforço conjunto entre os setores público e privado. A Emerge espera ampliar essas parcerias e fazer deste projeto um ponto de partida para novas iniciativas em prol de um futuro mais sustentável para as próximas gerações.”

O presidente da SNOC assistiu, em seguida, a um filme institucional sobre o desenvolvimento da usina, que apresentou os principais aspectos técnicos do projeto e o trabalho empenhado das equipes envolvidas.

Fatima Al Hammadi, gerente do projeto SANA, também discursou na cerimônia e destacou a importância das parcerias e dos esforços conjuntos que permitiram a realização da usina. Ela explicou que o projeto nasceu da ideia de um indivíduo e se concretizou graças à dedicação coletiva.

Ela ressaltou que a SANA é fruto de um verdadeiro trabalho em equipe, reunindo profissionais de diversos setores — eletricidade, gás e energia limpa — com um objetivo comum: promover a energia renovável. E elogiou o esforço conjunto que contribui para um futuro com menos poluição de carbono.

O xeique Sultan bin Ahmed homenageou os parceiros do projeto com escudos comemorativos. Ele também se encontrou com os engenheiros emiradenses que participaram da iniciativa, parabenizando-os pelo trabalho realizado e desejando sucesso no futuro.

A autoridade de Sharjah lançou oficialmente a usina ao pressionar o botão de inauguração, marcando o início das operações. Em seguida, percorreu as instalações da SANA para conhecer de perto a estrutura da planta. Esta é a maior usina solar de Sharjah e a primeira a usar energia renovável para abastecer as operações de petróleo e gás natural do emirado. Também está entre as primeiras no mundo com capacidade para gerar sua própria eletricidade e exportar o excedente para a rede.

Durante a visita, Sultan bin Ahmed foi informado sobre as etapas do projeto da usina, que tem capacidade instalada de 60 megawatts — suficiente para abastecer cerca de 13.780 residências por ano. A planta contribui para a redução de 66 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono anualmente. O sistema conta com 13 mil postes flexíveis, que acompanham o movimento do sol para otimizar a captação de energia, sustentando mais de 98 mil painéis solares.