TÓQUIO, 2 de novembro de 2023 (WAM) -- O Japão tem uma abordagem diplomática diferenciada para equilibrar a segurança energética e as necessidades climáticas, priorizando a independência energética e a redução de carbono. De acordo com o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, o petróleo é responsável por 37% da matriz energética do país, o gás natural liquefeito por 22%, o carvão por 25%, a energia renovável por 9%, o hidrogênio por 3% e a energia nuclear por 7%.
A participação da energia nuclear na geração de eletricidade caiu de cerca de um terço, para quase zero, após o desastre nuclear de Fukushima em 2011; mas desde então começou a se recuperar e espera-se que cresça no futuro.
O Japão importa mais de 90% de seu petróleo bruto de países árabes e a maior parte de seu gás natural liquefeito e carvão da Ásia e da Oceania, sendo a Austrália seu maior fornecedor individual.
O Dr. Fatih Birol, diretor-executivo da Agência Internacional de Energia, elogiou o compromisso do Japão de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 46% até 2030 e chegar a zero líquido até 2050.
O governo japonês estabeleceu metas ambiciosas para 2030, incluindo:
- Gerar entre 22% e 24% de suas necessidades energéticas a partir de fontes renováveis.
- Depender da energia nuclear para 20 a 22% de sua matriz energética, em comparação com 25% antes de 2011.
- Reduzir a energia gerada a partir de combustíveis fósseis de 65% antes de 2011 para 56% em 2030.
O plano do Japão também inclui metas de longo prazo até 2050, como a redução dos gases de efeito estufa em 80%.
Espera-se que as metas de redução de emissões do Japão sejam revisadas na COP28, que se concentrará na necessidade de acelerar a transição global para a energia limpa e descarbonizar o setor de energia.
O Levantamento Global, um processo lançado pelas Nações Unidas que termina na COP28, é uma oportunidade de avaliar o progresso mundial em relação à ação climática e traçar o caminho a seguir. O relatório do Levantamento Global, divulgado em setembro de 2023, revelou que o mundo está muito longe de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius. Isso destaca a importância da COP28, onde os países, especialmente o Japão, podem desempenhar um papel de liderança para colocar o mundo de volta no caminho certo para atingir metas climáticas comuns.
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