EAU participa de reunião da Organização para a Cooperação Islâmica sobre ataques de Israel à Mesquita de Al-Aqsa

ABU DHABI, 11 de Abril de 2023 (WAM) – Nahyan bin Saif Al Nahyan, embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Reino da Arábia Saudita e representante permanente na Organização para a Cooperação Islâmica (OIC, na sigla em inglês), chefiou a delegação do país que participou da Reunião Extraordinária Aberta do Comitê Executivo para Representantes Permanentes da OIC. O encontrou, na sede do Secretariado Geral da Organização, em Jidá, discutiu uma posição islâmica unificada sobre os ataques de Israel contra a Mesquita de Al-Aqsa.

Nahyan bin Saif Al Nahyan reiterou que os EAU condenaram veementemente a invasão da Mesquita de Al-Aqsa pelas forças policiais de Israel, os ataques aos adoradores e as múltiplas detenções que foram feitas, destacando a necessidade de proporcionar total proteção à mesquita e interromper as violações que nela ocorrem. Além disso, Nahyan salientou que é importante respeitar o papel de custódia do Reino Hachemita da Jordânia sobre os locais sagrados, de acordo com o direito internacional e o contexto histórico. O representante emiradense reiterou que os EAU rejeitam todas as práticas que violam as resoluções internacionais e que agravam a situação na região.

O embaixador lembrou ainda que os EAU apoiam todos os esforços regionais e internacionais para avançar o processo de paz no Oriente Médio com base na solução de dois Estados que conduz ao estabelecimento de um Estado palestiniano independente nas fronteiras de 1967, tendo Jerusalém Oriental como capital, e em conformidade com as resoluções da ONU e a Iniciativa de Paz Árabe. Assim, cria-se, segundo ele, um ambiente apropriado que permita o retorno a negociações sérias que conduzam à conquista de uma paz justa, abrangente e duradoura.

Hissein Brahim Taha, secretário-geral da OIC, destacou a forte condenação de todas as políticas e medidas destinadas a apagar a identidade de Al-Quds Al-Sharif, frisando que a área é parte integrante dos territórios palestinianos ocupados e da capital do Estado da Palestina, e que a Mesquita de Al-Aqsa é um local de culto apenas para muçulmanos. Advertiu contra qualquer tentativa de alterar o estatuto histórico e legal dos locais sagrados islâmicos e cristãos em Al-Quds Al-Sharif, especialmente a Mesquita de Al-Aqsa, salientando que isto levaria a mais violência e tensões e desestabilizaria a segurança e estabilidade na região. O secretário-geral concluiu dizendo que todas as decisões e ações de Israel destinadas a alterar o estatuto geográfico e demográfico da cidade e que afetam o estatuto histórico e legal dos seus locais sagrados não têm base legal e são consideradas inválidas pelo direito internacional e pelas resoluções das Nações Unidas.

NADIA ALLIM.

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